JULHO AMARELO
Atendendo à recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Estado de Rondônia instituiu em 8 de março de 2016 a Lei n° 3.766 que inseriu no calendário oficial o “Julho Amarelo”, em alusão ao dia 28, quando se comemora o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites. Segundo a enfermeira e coordenadora do programa de Vigilância das Hepatites Virais da Agência em Vigilância em saúde (Agevisa), Cleidineia Marciano do Amaral, em Rondônia tem mais de 12 mil casos confirmados da doença.
Cleidineia Amaral ressaltou a importância da instituição do “Julho Amarelo”, lembrando que no decorrer do mês em todos os municípios do estado serão desenvolvidas ações para informar e orientar a população sobre a doença e principalmente para que faça o teste rápido. “As hepatites virais são infecções silenciosas e quando a pessoa começa a sentir os sintomas a doença já está em um estágio avançado, o que dificulta o tratamento e em muitos casos a pessoa acaba perdendo a vida”, disse.
A Agevisa trabalha com os municípios e tem a função de distribuir materiais de divulgação para as campanhas, bem como os materiais para realização dos testes rápidos, além de preservativos masculinos e femininos. Para ter aos materiais e principalmente aos testes rápidos, as pessoas devem procurar as Unidades Básicas de Saúde de seus municípios e solicitar o atendimento.
A programação segue nesta terça-feira (12) no Hospital Infantil Cosme e Damião; e com palestra na Faculdade São Lucas; na quarta-feira (13) haverá pit stop na avenida Jorge Teixeira com Sete de Setembro, a partir das 8h; na quinta-feira, a partir das 14h, haverá palestra no Distrito de Saúde Indígena; e no dia 18, pela manhã e à tarde, Curso Básico de Vigilância Epidemiológica das Hepatites Virais na Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Porto.
A enfermeira explicou que o teste rápido diagnostica quatro tipos de hepatites virais: A, B, C e D. Se o teste confirmar a doença, o paciente é encaminhado para refazer o exame, e confirmando o diagnóstico, inicia-se o tratamento, que em Porto Velho é feito no Centro de Pesquisa e Medina Tropical (Cepem); e no interior os pacientes são encaminhados para uma das oitos unidades do Serviço de Assistência Especializada (SAE).
“O medicamento para o tratamento das hepatites virais é de alto custo e o Ministério da Saúde só manda a medicação mediante cadastro do paciente no sistema”, afirmou Cleidineia Amaral.
Formas de transmissão:
As hepatites podem ser classificadas em dois grupos:
Fecal-oral (vírus A e E): a contaminação depende de condições de saneamento básico e água, além de higiene pessoal e dos alimentos
Sanguínea (vírus B, C e D): assim como o HIV, a transmissão pode ocorrer pelo sexo desprotegido; ao compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam; ou de mãe para filho durante a gravidez, o parto e a amamentação.
Fonte: GOVERNO RO