Os últimos dias vêm sendo preocupante na cidade de Vilhena quando o assunto é saúde. Quatro pessoas já morreram no Hospital Regional do município com suspeita de terem sido contaminados pelo vírus.
Na semana passada o jornal Folha de Vilhena entrou em contato com o diretor do hospital, Faiçal Ibrahim Akkari, que confirmou a existência de pacientes internados com suspeitas de estarem com o vírus da influenza do Tipo A.
Durante essa semana, o jovem de 18 anos, Rafael Bristtoti, deu entrada ao hospital em estado grave, familiares informaram que o rapaz havia buscado atendimento por diversas vezes na unidade, porém, era sempre medicado com dipirona e mandavam-no para casa. Internado desde segunda-feira, 11, o jovem infelizmente não resistiu e veio a falecer na noite desta quarta-feira na sala de UTI do Regional.
A família acusa a administração pelo pouco caso feito com o rapaz, que desde os primeiros sintomas buscou ajuda e infelizmente não teve atendimento correto.
Em contato com o diretor do hospital, na manhã desta quinta-feira, 14 de abril, Faiçal informou que quando o rapaz deu entrada ao hospital, recebeu atendimento normalmente, onde após avaliação o internaram e solicitaram diversos exames para avaliar o quadro clínico do paciente.
Faiçal conta que através do exame de Raio-x, foi constatado que o pulmão de Rafael já estava muito debilitado e ao ser questionado pela médica de plantão o jovem informou que fumava narguilé, “o que certamente foi um agravante para o caso”, disse o diretor.
Sobre a usina de oxigênio, Faiçal afirmou que houve sim um problema na sala, porém, este não foi o fator determinante para morte de Rafael, mas não exclui a possibilidade de ter agravado o caso que já era bastante delicado, “infelizmente nós não temos controle de 100% do que acontece”, acrescentou.
O Brasil já teve 71 casos de morte por H1N1 em 2016, até 26 de março, segundo o Boletim Epidemiológico de Influenza do Ministério da Saúde, que foi divulgado na segunda-feira, 04 de abril. No ano passado inteiro, foram 36 mortes por H1N1 no país.
Com uma grande velocidade o vírus chegou a Vilhena novamente e devido à facilidade de transmissão, é de extrema importância que a população tenha consciência de que essa doença pode ser fatal, evitando a proliferação do agente causador, buscando medidas de prevenção.
Sobre o H1N1
A transmissão ocorre da mesma forma que a gripe comum, ou seja, por meio de secreções respiratórias, como gotículas de saliva, tosse ou espirro, principalmente. Após ser infectada pelo vírus, uma pessoa pode demorar de um a quatro dias para começar a apresentar os sintomas da doença. Da mesma forma, pode demorar de um a sete dias para ser capaz de transmiti-lo a outras pessoas.
É importante ressaltar que, assim como a gripe comum e outras formas da doença, a gripe H1N1 também é altamente contagiosa.
Texto: Redação
Foto: Noticiando RO