Os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Rondônia descobriram uma nova espécie de inseto que pode transmitir a febre de Oropuche, em Porto Velho. O nome do inseto é “Culicoides hildebrandoi”, o inseto recebeu este nome em homenagem ao parasitologista Luiz Hildebrando falecido no ano de 2014, o pesquisador trabalhou durante anos para a Fiocruz. O animal foi classificado como sendo da Espécie de Maruins do Brasil. A Fiocruz publicou a descoberta do inseto na revista, ‘Zookeys’, conhecida internacionalmente por cientistas.
De acordo com o pesquisador da Fiocruz, Jansen Medeiros, a pesquisa fui publicada, pois o inseto pode transmitir uma doença que afeta o dia-a-dia da população, dentre muitos vírus está à febre de Oropuche que têm sintomas parecidos com o da Dengue, a doença atinge principalmente moradores de locais alagados e da Zona Rural da cidade.
“Pelo fato de não conhecermos o inseto, temos que fazer mais coletas para conhecermos as espécies que existem e se existem possíveis espécies novas, que transmitam doenças aos seres humanos ou aos animais,” explicou Medeiros.
Conforme a Fiocruz, além da coleta do “Culicoides hildebrandoi”, mais outros insetos foram coletados, totalizando cerca de 20 espécies ainda não identificadas pela instituição. Os pesquisadores da Fiocruz agora procuram saber quais são as doenças que esses insetos transmitem. O “Culicoides hildebrandoi”, também é chamado popularmente por Borrachudo ou mosquito Pólvora.
De acordo com o diretor do Centro de Pesquisa de Medicina Tropical (Cepem), Mário Toda, outros mosquitos podem transmitir a febre de Oropuche assim como o inseto “Culicoides hildebrandoi”. “Essa situação nos preocupa, pois mosquitos podem está infectando animais silvestres que podem promover doenças nos seres humanos,” informou Toda.
Os exemplares do inseto foram depositados na coelção da Fiocruz do Rio de Janeiro e no laboratório de ecologia de doenças transmissíves da Amazônia na sede instituição em Manaus.
Sintomas febre Oropuche
A Febre do Oropuche têm como sintomas como febre alta, dores na cabeça, região lombar e incômodo em relação à luz, os sintomas duram de quatro a cinco dias, porém na maioria dos casos o paciente pode ter uma recaída e os sintomas podem voltar por mais cinco dias, mas não é uma doença muito grave, de acordo com Toda.
Fonte: G1/RO