O presidente da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa, Dr. Neidson (PMN), acompanhado dos deputados Só na Bença (PMDB), Rosângela Donadon (PMDB) e do secretário adjunto da Saúde do Estado, Luiz Eduardo Maiorquim, participaram de uma reunião no Hospital Regional Adamastor Teixeira de Oliveira, em Vilhena, na quinta-feira (28).
A reunião aconteceu após a Comissão receber denúncias de deficiências na unidade de saúde referentes à falta de medicamentos, insumos e médicos especialistas que geram a remoção de pacientes para tratamento nos hospitais referências de Cacoal e Porto Velho.
No entanto, segundo Dr. Neidson, a reunião não obteve um saldo positivo em razão da presença de inúmeras pessoas que destoaram o foco principal. De acordo com o presidente, muitas perguntas foram feitas, mas nada de concreto foi apresentado à Comissão para uma busca de soluções por parte da Casa de Leis.
“Nossa vinda até Vilhena, juntamente com o secretário Maiorquim foi uma tentativa de ouvirmos in loco as denúncias, as demandas, as dificuldades do município em gerir o Hospital Regional. O quanto de recursos eles recebem para a Saúde, quanto vem sendo investido e o que poderíamos fazer para contribuir com a solução dos problemas, mas infelizmente, não foi o que aconteceu”, lamentou o deputado.
Para o parlamentar, muitas pessoas presentes à reunião demonstraram mais interesse político do que preocupação em resolver o caos instalado na saúde do município. O deputado informou que não foi passado qualquer documento para a Comissão referente às dificuldades enfrentadas pela gestão do Hospital Regional.
Na reunião, o parlamentar apresentou dados do Fundo Nacional de Saúde que confirmam o repasse do governo federal em 2015 que somam cerca de R$ 80 milhões por ano para o município.
“Com recursos nessa ordem, nós precisávamos saber quanto o município gasta mensalmente para saber se estão sendo ou não suficientes. Muitas prefeituras ocultam esses números, mas nós temos como ter acesso a eles e, mesmo assim, não nos informam os gastos mensais para sabermos se realmente estão sendo aplicados”, declarou o deputado.
Dr. Neidson solicitou ao secretário municipal de Saúde, Adilson Bernardino, relatórios com todas as informações orçamentárias repassadas à saúde pública de Vilhena para que a Comissão possa intervir junto ao governo do Estado e encontrar soluções.
A deputada Rosângela Donadon informou que destinou emenda parlamentar acima de R$ 1 milhão para a saúde de Vilhena e que vem, junto ao Poder Executivo, trabalhando para sanar as dificuldades enfrentadas pelo setor no município. A parlamentar agradeceu e parabenizou a equipe administrativa da saúde municipal que, segundo ela, vem demonstrando real interesse em resolver os problemas.
O deputado Luizinho Goebel (PV), que já estava em Vilhena, participou da reunião e repassou aos deputados informações da Secretaria Municipal de Saúde apontando as necessidades. Segundo o parlamentar, uma das principais urgências da unidade está na necessidade de se aumentar o número de exames de imagem.
O secretário adjunto da Sesau, Luiz Eduardo Maiorquim, fez explanações sobre a atuação do governo do Estado em apoiar os hospitais dos municípios e informou que o governador Confúcio Moura (PMDB), orienta que os chefes de executivos municipais façam o dever de casa.
Cacoal e Pimenta Bueno
Anterior à visita à Vilhena, a Comissão de Saúde realizou visitas às unidades de saúde nos municípios de Cacoal e Pimenta Bueno. Em Cacoal, Dr. Neidson disse ter ficado surpreso com a estrutura dos dois polos hospitalares do município, o Hospital Regional e o Heuro. Segundo ele, ambos apresentam excelente prestação de serviço e atendem a macro região sem maiores dificuldades.
Já em Pimenta Bueno, o presidente afirmou que a Comissão ficou decepcionada com a estrutura hospitalar do município. De acordo com o deputado, o centro cirúrgico tem espaço mínimo necessário para um procedimento adequado ao paciente e que teria sido interditado há alguns meses pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), por realmente não atender as especificações obrigatórias de um centro cirúrgico. No entanto, citou, hoje está funcionando normalmente.
O parlamentar afirmou que, com a ajuda do Estado, conseguiu um anestesista para a unidade de Pimenta, no entanto, o hospital agora estaria sanando as irregularidades para se adequar as normas e exigências exigidas para o funcionamento do centro cirúrgico e então, receber o profissional para a realização das cirurgias.
“A Comissão vai continuar com as visitas e fiscalizações in loco, principalmente quando solicitadas pelos municípios. Nosso único objetivo é ajudar a solucionar os problemas e o Estado vem nos apoiando nessa causa. O trabalho está apenas começando”, concluiu o deputado.
Texto: Assessoria ALE
Foto: Nataly Labajos