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Júri do caso Naiara Karine atrai estudantes de direito em Porto Velho


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Universitários chegaram cedo ao Fórum para acompanhar julgamento.
Estudante de jornalismo sofreu estupro coletivo e depois foi morta, em 2013

O julgamento dos acusados de estuprar e assassinar a estudante de jornalismo Naiara Karine, marcado para esta quinta-feira (31), atraiu vários estudantes de direito no Fórum Fórum Criminal Desembargador Fouad Darwich, em Porto Velho. Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), Richardison Bruno Mamede das Chagas, Francisco da Silva Plácido e Wagner Strogulski de Souza irão a júri popular pelo crime cometido no ano de 2013.

Um dos estudantes de direito que compareceu ao Fórum para acompanhar o julgamento é Yan Soares, de 20 anos. Ele conta que decidiu ir ao júri por causa da repercussão do caso e, para não correr o risco de ficar de fora do auditório, chegou ao local às 6h. “A gente sempre teve curiosidade de assistir. Estou acompanhando desde o começo. É um assunto que me interessa e acho importante para a minha carreira jurídica”, diz.

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O júri será composto por sete pessoas do Conselho de Sentença. Eles vão decidir se os réus são culpados ou inocentes em relação ao crime. O juiz responsável pelo julgamento vai estabelecer a pena e o regime para cumprimento da sentença, que pode ser fechado ou aberto. Independentemente do resultado, a defesa dos réus ou o Ministério Público podem recorrer do resultado.

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O julgamento dos acusados estava previsto para o dia 9 de dezembro do ano passado, mas foi remarcado a pedido da defesa dos réus Francisco Plácido e Richardson Bruno Mamede. Segundo o pedido, os réus não tinham condições de saúde favoráveis para enfrentar um julgamento. Os suspeitos apresentaram laudo comprovando que estariam doentes.

O delator das informações foi o vigilante Marco Antônio Chaves da Silva, condenado em março de 2014 a 24 anos de prisão. Ele confessou ter estuprado a garota em julgamento, mas negou participação no assassinato.

Agora, restam Francisco da Silva Plácido e Richardson Bruno Mamede – agentes penitenciários – e Vágner Strogulski. Em março do ano passado, a defesa do trio recorreu ao Tribunal de Justiça de Rondônia para que os três não fossem submetidos a júri.

Entretanto, os desembargadores da 2ª Câmara Criminal mantiveram a decisão do juiz de 1º grau, que determinou a submissão dos três acusados ao júri popular, sob a acusação de crimes de estupro e homicídio qualificado por meio torpe e cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima.

Naiara Karine foi assassinada no ano de 2013, em Porto Velho (Foto: Reprodução/TV Rondônia)
Naiara Karine foi assassinada no ano de 2013,
em Porto Velho (Foto: Reprodução/TV Rondônia)

Crime
Naiara Karine foi morta no dia 24 de janeiro de 2013, após sofrer um estupro coletivo praticado por, pelo menos, quatro homens. O corpo da jovem de 18 anos, que cursava jornalismo, foi encontrado em uma estrada conhecida como Linha 15 de Novembro, na Zona Rural da capital rondoniense.

Ela foi assassinada com vários golpes de faca e, segundo as investigações, sofreu violência sexual. O localizador do celular de Naiara ajudou a polícia a chegar ao local do crime horas depois de ter sido dada como desaparecida. Após um mês de investigações, a Polícia Civil caracterizou o crime como sequestro, estupro e homicídio.

Fonte: G1/RO

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