Crime aconteceu em uma propriedade rural em 2015.
Pedido para responder em liberdade foi negado por unanimidade
A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJ-RO) negou nesta semana, por unanimidade, o pedido do réu Marlos de Souza Cândido de responder em liberdade pelos crimes de assassinato e tentativa de homicídio.
No dia 17 de outubro de 2015, cinco pessoas foram mortas em uma fazenda na zona rural de Vilhena, distante cerca de 700 quilômetros de Porto Velho. As investigações apontam que Marlos,quatro amigos e outras pessoas não identificadas, orquestraram a chacina após se sentirem inconformados com a decisão judicial que os expulsavam das terras as quais teriam invadido.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Fábio Campos, seis pessoas armadas chegaram em três motocicletas na propriedade e atiraram nas vítimas. Após os homicídios, os infratores saíram em busca de combustível, e mesmo percebendo que um dos alvos ainda respirava, ateou fogo na casa com o homem dentro. Naquele dia, o grupo ainda tentou matar mais duas pessoas.
Em nota, o TJ-RO disse que o pedido de habeas corpus foi negado, pois, conforme o entendimento dos desembargadores da Câmara, Marlos “teria agido com vontade de matar, de forma traiçoeira, sem dar direito de as vítimas se defenderem”.
Veja quem foram as vítimas da chacina:
– José Bezerra do Santos, 64 anos, morador da região
Foi morto a tiros quando saia de uma propriedade ao lado do local da chacina e o corpo foi escondido em uma mata. A Polícia Civil acredita que o idoso foi morto antes dos demais homicídios.
– Daniel Aciari, 66 anos, morador da região
Morava em uma propriedade próxima ao local da chacina e estava visitando colegas no local do crime. Daniel foi baleado e também teve parte do corpo queimado.
– João Pereira Sobrinho, 52 anos, e Dagner Lemes Pereira, 17 anos
Pai e filho trabalhavam na fazenda construindo cercas e prestando serviços na região. Eles morreram carbonizados dentro da casa onde o crime ocorreu.
– João Fernandes da Silva, de 52 anos, morador da região
Saiu do local onde morava para trabalhar na zona rural durante dez dias. Após os disparo dos infratores, ele ainda respirava quando foi queimado vivo dentro da casa.
Outras duas pessoas conseguiram escapar com vida. Um foi baleado mas sobreviveu ao fingir-se de morto e o outro homem pôde escapar sem ferimentos ao correr para um matagal próximo à propriedade.
Fonte: G1