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“TROTE PERVERSO E COVARDE”: FAMA segue parecer de comissão e expulsa três acadêmicos da entidade


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Os outros acadêmicos envolvidos no trote irresponsável receberam repreensão por escrito, acompanhamento  psicoterápico e suspensão por 60 dias

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No dia 15 de fevereiro deste ano, o município de Vilhena mais uma vez foi destaque a nível nacional e teve todos os holofotes voltados na sua direção após a prática de um ato irresponsável cometido por alguns acadêmicos do curso de Engenharia Agronômica da Faculdade da Amazônia – FAMA contra alunos (os chamados calouros) durante o famoso “trote” universitário.

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Como já é de conhecimento público, a maioria dos calouros que ingressam numa faculdade já entram cientes de que deverão passar pela brincadeira do famoso “trote”, ação realizada por outros estudantes no intuito de dar boas vindas aos novos colegas. Porém, o trote universitário possui dois lados, onde ao mesmo tempo em que se pode auxiliar na interação dos estudantes, ele também é capaz de provocar danos irreparáveis e foi isso o que aconteceu com os novos ingressantes naquele dia trágico.

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O episódio que tinha tudo para ter momentos de diversão entre os calouros e os veteranos tornou-se um grande pesadelo a partir do momento que os novatos tiveram seus corpos atingidos por diversas substâncias químicas ocasionando queimaduras graves sendo necessário socorrê-los ao Hospital Regional da cidade.

De acordo com jovens que participaram do trote, as lesões foram provocadas pela utilização de vários produtos químicos utilizados na maioria dos casos em animais, para combater bicheiras, feridas, doenças, etc. Um dos pesticidas que foi utilizado é altamente inflamável e indicado para ferimentos externos de animais de grande porte. A bula recomenda ao aplicador “não inalar o produto e evitar contato direto com os olhos e outras partes do corpo”.

Alunos que não participaram, mas assistiram partes da ação disseram que havia no local em posse dos veteranos, creolina, lepecid, larvicida da marca Bertac, tintas, tintas para veículo, entre outros. Porém, também garantiram que todos os alunos envolvidos (veteranos) já sabiam das consequências e dos cuidados que deveriam ser tomados no momento das brincadeiras.

Os jovens calouros tiveram seus corpos queimados pelos produtos, sendo necessário serem encaminhados a hospitais da cidade. Os pais indignados com a situação, acompanhado de seus filhos registraram boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil por lesão corporal e garantiram que os autores não ficarão impunes.

No dia seguinte ao episódio, à instituição privada, através da diretora geral da faculdade, Drª Patrícia Clara Gomes da Silva Cipriano emitiu a toda imprensa e também na página de rede social da FAMA, uma nota de repúdio, classificando a ação dos alunos como violenta. Nela a diretora geral ressaltou que a responsabilidade de cada aluno veterano seria rigorosamente apurada, através de Processo Administrativo Disciplinar nº 003/2016, o qual foi devidamente instaurado, a fim de que a cada acadêmico veterano envolvido lhe sejam aplicadas as penalidades administrativas cabíveis, que vão desde a suspensão até a expulsão.

ATA DE REPÚDIO E MEDIDAS ADOTADAS PELA FAMA

Passados exatamente 12 dias do episódio trágico que aconteceu nas dependências da Faculdade da Amazônia – FAMA, a diretoria da instituição privada realizou uma mini-coletiva no auditório da faculdade na noite desta sexta-feira, 26 de fevereiro, com o intuito de informar à população e a toda a comunidade escolar quais foram as medidas adotadas pela entidade após a realização do trote violento.

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De acordo com a mantenedora da FAMA, Drª Rosangela Cipriano, a Comissão disciplinar formado por um docente e um discente se reuniu durante todos estes dias para analisar o caso em questão e poder assim elaborar um parecer que oriente a decisão final da direção geral da faculdade.

Conforme o parecer que é público, as determinações nelas inseridas foram baseadas em depoimentos, fotografias e de conversas obtidas de um grupo do aplicativo whastapp que falavam sobre o trote, bem como conversas entre os veteranos Jesica Monteiro e (nome retirado a pedido do aluno), os quais foram devidamente notificados para se defenderem em um prazo máximo de 48 horas, contudo os mesmos não o fizeram.

O parecer também indicou que as acadêmicas veteranas do curso de Engenharia Agronômica, Débora de Andrade, Jessica Monteiro, Vanessa Cristina e Rosiane Rolin tiveram participação direta no trote já que as mesmas faziam parte do grupo do aplicativo whastapp tendo conhecimento sobre o que aconteceria no dia 15 de fevereiro, a exceção do uso da creolina já que o fato só veio à tona depois das queimaduras apresentadas nos calouros.

Durante a apuração do processo, também ficou comprovado que o veterano (nome retirado a pedido do aluno), foi o responsável de levar a creolina à faculdade infringindo o Art. 123 do Regime Interno da FAMA da mesma forma que as acadêmicas citadas já que não fizeram nada por impedir o ato contra os novos alunos.

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DETERMINAÇÕES DA COMISSÃO

Assim a Comissão disciplinar emitiu no parecer que a direção aplique nas acadêmicas Débora de Andrade, Jesica Monteiro, Vanessa Cristina e Rosiane Rolin a pena de REPREENSÃO POR ESCRITO nos termos do Art. 129, II, a,b do Regime Interno da Fama, bem como que as mesmas sejam submetidas a acompanhamento psicoterápico na clínica de psicologia da faculdade por um prazo de 90 dias.

Por outro lado, e tendo em vista que os veteranos Jackson V. Ferreira, Uiris Martins, Fernando Lucas, Murilo da Silva, Igor Matheus e Lucas Rafael também sabiam do que estava prestes a acontecer com exceção da creolina por fazerem parte do grupo, a comissão determinou que lhes fossem aplicada a pena de SUSPENSÃO POR 60 DIAS nos termos do Art. 129, III, a,d, do Regimento Interno.

Já para os veteranos (nome retirado a pedido do aluno), Wanderson Costa e Jhonas Lucas os quais conforme a comissão ultrapassaram todos os limites de tolerância, traindo inclusive os amigos do grupo, já que levaram a creolina que foi utilizada por uma única pessoa a qual a utilizou sem nenhuma piedade nas costas dos calouros que estavam ajoelhados deixando marcas que nunca serão borradas. Assim, a esses veteranos a comissão determinou que lhes seja aplicada a pena máxima, ou seja, a EXPULSÃO DA INSTITUIÇÃO.

DIRETORIA GERAL DA FAMA

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Depois de ser lido o parecer da Comissão Disciplinar, a diretora geral da Fama, Drª Patrícia Gomes fez uma breve explanação do acontecido e relatou que todos os acadêmicos envolvidos foram suspensos por 10 dias, ela também catalogou o ato praticado pelos alunos veteranos como perverso e covarde.

Assim, após ler detalhadamente o parecer da Comissão Disciplinar a diretora acolheu integralmente todos os termos estipulados no parecer.

 

Texto: Sara Labajos

Fotos: Jesica Labajos

 

 

 

 

 

 

 

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