Eliminar a concorrência e alinhar o preço da arroba do boi gordo, essa foi uma das estratégias do grupo JBS Friboi ao adquirir unidades frigoríficas no estado e depois fecha-lás, esse levantamento foi feito durante a caravana “O grito da pecuária” que aconteceu durante três dias pelas principais cidades do estado.
Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia – FAPERON, Hélio Dias de Souza, o grupo JBS seria responsável por mais 47% dos abates de bovinos em Rondônia e por 25% da carne exportada, isso já mostra interesse de se manter plantas frigoríficas fechadas, “isso impede a livre concorrência e eles acabam pagando o preço que querem, prejudicando assim os criadores e pecuaristas do estado” alertou o presidente.
Segundo dados levantados sobre os frigoríficos no Estado e que serão entregues durante reunião no próximo dia 15 no Palácio do Governo, com pecuaristas, políticos e representantes dos frigoríficos, dos grupos com Inspeção Federal (que abatem mais de 95% dos animais em RO), 10 estão ativos e 09 fechados (sendo que 05 ou 06 são do JBS).
Já com Inspeção Estadual, são 5 ativos, que abateram cerca de 100 mil bovínos em 2015. Além desses 05 frigoríficos ativos, ainda se tem 04 pequenos frigoríficos fechados.
Desses existem dois que estão para serem reabertos (Frigorífico Total em Rolim de Moura e o Distriboi em Ji-Paraná).
Nos frigoríficos federais foram abatidos mais de 2,4 milhões de bovídeos. Desses cerca de 2,1 são animais procedentes de Rondônia. Os outros são de estados como Mato Grosso, Acre e Amazonas.
Segundo os pecuaristas, Rondônia perdeu em 2015 mais de R$ 1 bilhão de reais com o fechamento dos frigoríficos e automaticamente com a queda da arroba do boi, já que ouve o alinhamento de preços provocado principalmente pela JBS, Friboi.
Ainda no dia 15 durante a abertura dos trabalhos do Legislativo em 2016, os deputados que integram a comissão parlamentar de inquérito (CPI), apresentarão documentos que serão entregues ao Ministério Publico.
“É preciso que se de inicio a uma investigação mais profunda e que os responsáveis pela provável formação de cartel sejam punidos” disse o Maurão de Carvalho, presidente da Assembleia Legislativa e Membro da CPI.
Por: Rondorural.com.br