Na última semana, dois pacientes foram diagnosticados com morte encefálica (ME) no Hospital Regional de Cacoal. Em um dos casos, a família autorizou a doação dos órgãos e, assim, no dia 13 de fevereiro, aconteceu em Cacoal a primeira cirurgia de captação de órgãos para transplante em Rondônia de 2016.
O serviço de captação de órgãos no município teve início em setembro de 2013. Dos 19 pacientes com ME comprovados desde então, houve 12 recusas por parte da família e apenas sete doações foram feitas. “Nós já tivemos, neste ano de 2016, dois casos diagnosticados em Cacoal e em um deles a família autorizou a doação de órgãos. Precisamos que a família, apesar da dor, entenda a importância de permitir a doação e contribuir para que outras pessoas tenham condições melhores de vida”, explicou o médico Alber Pessoa de Figueiredo.
Foram captados os rins do paciente, que no mesmo dia foram transportados para Porto Velho e foram transplantados em dois pacientes, um de Vilhena e outro da capital. “Rondônia já evoluiu e muito na captação e transplantes de órgãos. Até 2011, esse serviço não existia no estado. Começamos fazendo as cirurgias de captação e depois começamos a transplantar os órgãos aqui mesmo em Rondônia”, ressaltou o médico Alessandro Prudente.
APOIO
Para o sucesso das cirurgias de captação de órgãos no interior do estado, quem também tem sido fundamental no processo é o Corpo de Bombeiros de Rondônia. São as aeronaves da corporação que fazem o transporte dos médicos para os municípios onde os órgãos serão captados e que, posteriormente, transportam os órgãos para Porto Velho, onde são feitos os transplantes.
No último sábado, o tenente Cordeiro e a capitã Cristina, do Corpo de Bombeiros de Rondônia, pilotaram o avião monomotor da corporação para o sucesso dos procedimentos. Por volta das 8h30 da manhã, eles aterrissaram em Cacoal trazendo os médicos e a equipe que fariam a cirurgia de captação de órgãos e, antes das 14 horas, decolaram com destino à Porto Velho, levando de volta a equipe e transportando os órgãos, que foram transplantados ainda no mesmo dia.
“Sem o apoio do Corpo de Bombeiros de Rondônia nós não teríamos o mesmo sucesso. Este trabalho é feito com muita dedicação e os bombeiros tem sempre feito a sua parte e contribuído com este serviço”, destacou o médico Alessandro Prudente.
Assessoria