Mais de R$ 400 mil estariam circulando no comércio de Rondônia
Os últimos dois meses de 2015, novembro e dezembro, computaram um número exagerado de ocorrências de derrame de notas falsificadas de R$ 20, 50 e 100. Com isso, o comércio de pequeno e médio porte, incluindo o mercado informal, foi o mais afetado pelo problema. E principalmente as cidades de Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno, Ariquemes e Porto Velho estiveram no coração das movimentações criminosas. Apesar da atenção redobrada, os infratores que atuam nessa modalidade criminosa conseguiram mecanismos mais sofisticados e enxertaram um montante que pode superar a casa dos R$ 100 mil em todo o Estado. A estimativa de valor é de especialistas que atuam reforçando os mecanismos de combate ao crime ligados à Secretaria de Segurança.
Durante a segunda-feira última, no município de Ji-Paraná, o acusado Adriano Ferreira da Silva, de 33 anos, foi preso pela polícia após tentar e conseguir, por três ocasiões, passar notas falsas no comércio da cidade, no bairro Nossa Senhora de Fátima. Foragido do sistema penitenciário de Porto Velho, Adriano, segundo a polícia, agiu durante todo o período de final de ano em Ji-Paraná e municípios vizinhos derramando falsificações. As cédulas que o acusado distribuía eram de R$ 50 e, segundo relatos, ele pode ter feito o derrame de mais de R$ 10 mil na região. Adriano, quando interpelado pela Polícia Militar, tentou se desvencilhar mas, contra sua pessoa pesava um mandado de prisão por tráfico de drogas.
Nos municípios de Cacoal, Rolim de Moura e Presidente Médici, durante o final de ano último, também foram registrados derrames de reais falsificados. Nestas cidades, o maior problema ocorreu nas feiras livres, onde os pequenos comerciantes, por desconhecer as técnicas de identificação de cédulas verdadeiras, ficaram à mercê da bandidagem. “Nós não temos equipamentos com leitores e detectores de autenticidades. Por isso, é no olho mesmo que checamos se o dinheiro é verdadeiro ou falso. Com certeza tem muita nota falsa circulando pelo mercado sem que ninguém perceba. Elas, hoje em dia, são muito parecidas com as verdadeiras”, explica um vendedor de verduras de Pimenta Bueno.
Pelas redes sociais, em Porto Velho, circulam informações de que uma quadrilha especializada em produção de notas falsificadas de R$ 20 e 50 já teriam realizado um derrame de aproximados R 420 mil. Algumas fotografias mostrando as máquinas de impressões chegaram a ser postadas e repassadas através de WhatsApp. As zonas Leste e Sul da capital porto-velhense foram as principais regiões. Nos locais, a quadrilha teria pulverizado maior montante das notas falsas, principalmente durante o período de compras de final de ano. Crimes com essa natureza são investigados pela Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio.
Comerciantes ficam no prejuízo
Estabelecimentos comerciais de grande porte são os menos afetados pelos crimes de derrame de notas falsificadas. Porém, o comércio informal, sem equipamentos de detecção, se transforma em alvo preferido pelos falsificadores. A estimativa, da própria polícia, é de que circule neste meio um montante que supera a casa dos R$ 10 mil, apenas em Porto Velho. Se computadas as ações da bandidagem durante todo o ano, a polícia acredita que este valor supera os R$ 100 mil em todo o Estado. O cuidado redobrado é a única saída no combate a esse tipo de crime.
Fonte:Diário da Amazônia