O prefeito coloradense Josemar Beatto participou de uma audiência pública no Senado que caminhou na contramão dos debates plenários. Como não acontecia há muito, a comoção sincera foi o tom das discussões em torno da agora polêmica substância fosfoetanolamina, que na visão dos defensores é arma forte contra o câncer, mas na dos detratores, além de não passar de placebo, pode trazer males adjacentes ao do crescimento desordenado de células malignas.
A audiência foi provocada pelo Senador Ivo Cassol, sendo destaque em noticiários nacionais e internacionais. Segundo Ivo Cassol, os especialistas que participaram da audiência pública defenderam o uso da fosfoetanolamina no combate ao câncer. Os efeitos da substância, que pode impedir o aumento das células tumorais e a metástase, estão sendo estudados há mais de 20 anos na Universidade de São Paulo, disse o senador.
Além dos especialistas, pessoas que usaram a fosfoetanolamina relataram como foram os resultados do tratamento. Segundo Ivo Cassol, foram histórias emocionantes, como a de Carlos Kennedy Witthoeft, preso e indiciado por produzir e distribuir a substância.
Josemar por sua vez parabenizou a iniciativa do Senador Cassol, mostrando coragem e determinação, já que por trás disso existem muitas barreiras a serem quebradas, como interesses de grandes indústrias farmacêuticas. “Fiquei emocionado com o depoimento do pesquisador Dr. Renato Meneguelo e dos pacientes que usavam e foram comprovadamente curados, e outros que estão em tratamento, inclusive conversando pessoalmente com a paciente Bernadete Cioffi, que estava com câncer de mama, contou-me ainda que nenhuma das terapias a que se submeteu foi eficaz. Com metástase óssea e já em tratamento paliativo, ela disse que passou a usar a fosfoetanolamina em setembro. Agora, já não precisa mais de cadeira de rodas e nem bengala usa. Também parou de usar medicamentos para as dores, que lhe causavam efeitos adversos, como relatou. Espero que a presidente Dilma Rousseff “compre a briga” por mais pesquisas para novos medicamentos, esperamos ainda a aprovação de propostas e sanção de leis que possibilitem a redução dos preços dos remédios no Brasil. A pergunta que faço é, não sendo a fosfoetanolamina uma substância ilícita, pode se proibir que alguém produza ou que alguém se utilize do medicamento para salvar a própria vida? Finalizou Beatto, que pede que todos se atentem para essa situação.
Assessoria