As vistorias foram realizadas nas escolas municipais Ivete Brustolin e Castelo Branco
Que a administração do município de Vilhena já deixou a desejar, isso ninguém questiona. Porém, a saúde e a educação são duas áreas que vem passando por diversas provações nos últimos tempos. Este veículo de comunicação já realizou diversas matérias, relatando situações caóticas que as escolas vêm enfrentando, tanto na área estrutural quanto na área de alimentação.
A equipe de vistoria do Corpo de Bombeiros de Vilhena recebeu denúncias sobre a estrutura da Escola Municipal de Ensino Fundamental Castelo Branco, localizada no Bairro Vila Operária. A escola que recentemente foi reformada e retornou com as atividades, já vem enfrentando dificuldades em dias de chuva.
De acordo com o I Sargento do Corpo de Bombeiros Luiz Antônio Bueno, que é Diretor do Serviço Técnico do órgão, a denúncia chegou ao CBM através de pais que relataram problemas na estrutura nova do prédio escolar, onde todas as vezes que chove, as salas de aulas ficam alagadas.
A denúncia foi realizada, devido a um pequeno acidente registrado na escola, após um dia de chuva, quando parte do forro veio abaixo, e que por sorte não atingiu ninguém. Quando a equipe técnica dos bombeiros chegou, o forro já havia sido consertado.
O Sargento revelou que após averiguar toda a composição da escola, foi visto que o erro estava na má estrutura, “Foi erro na construção! O erro está no sistema de calha, sistema equivocado, que não acompanha a edificação e não atende a demanda da construção. A água vem, encharca as telhas, não tem para onde cair e acaba caindo nas salas de aula,” disse Bueno, ressalvando que o erro está na finalização da obra.
A obra que ainda está inacabada foi verificada por completo, através da vistoria. O Sargento destacou que visualmente o prédio está bonito, porém, muitos detalhes estão fora da normalidade. “Os banheiros estão com as portas desiguais, com posturas de desnível, entre outros detalhes. Porém o principal problema do prédio está nas calhas”.
A escola Ivete Brustolin também foi alvo de visita da equipe do CBM, como já revelado neste site, o colégio também oferece problemas estruturais, onde nas paredes encontram-se diversas rachaduras, porém, o maior problema está na parte elétrica.
“Apesar das rachaduras, a estrutura não oferece risco de cair, porém devem ser feitos os reparos necessários, para evitar que aconteçam futuros acidentes”, disse Bueno, enfatizando que, já na parte elétrica a escola deveria ser interditada, mas que para não trazer prejuízos às crianças, com a chegada do fim do ano letivo foi acordado que a obra deverá ser realizada nas férias.
Em relação à estrutura elétrica da escola Ivete, Bueno falou sobre a norma NBR 5410 que fala sobre a eletricidade de baixa tensão e a escola está totalmente em desacordo com a norma. “Está cheia de improvisações, gambiarras podendo haver um curto circuito a qualquer momento, podendo acontecer até um incêndio”.
Um laudo já foi entregue a escola, solicitando que a equipe de engenharia da prefeitura fizesse um laudo estrutural e apresentasse até um prazo de 30 dias ao Corpo de Bombeiros e informando o prazo que a administração precisa para resolver as dificuldades da escola. Caso nada seja solucionado até o início as aulas no próximo ano, o caso será levado ao Ministério Público e será determinado a interdição da escola.
Já na escola Castelo o maior problema está nas calhas do prédio, “Ali o problema está na obra inacabada e de qualidade baixa na execução”. O sargento finalizou afirmando que o laudo será encaminhado aos pais denunciantes, com cópia ao Ministério Público.
Texto: Redação
Foto: Redação