A Polícia Civil em Vilhena identificou mais duas vítimas da chacina ocorrida no último fim de semana em uma fazenda localizada a 60 km de Vilhena.
Os corpos que foram encontrados carbonizados no local do crime foram identificados nesta manhã, 19 de outubro após serem realizados neles uma série de exames pelos peritos da Polícia Civil. As vítimas são: João Pereira Sobrinho, 56 anos e Dagner Lemes Pereira, 17 anos, pai e filho respectivamente.
A equipe de reportagem da Folha de Vilhena em busca de informações entrevistou um parente das duas vítimas identificadas. Ele, que preferiu não ter sua identidade revelada, relatou informações sobre o ocorrido.
Segundo o entrevistado na manhã de domingo, 18, souberam através da mídia o que teria acontecido na fazenda que fica a 60 km de Vilhena. Assim, imediatamente os familiares se deslocaram até a propriedade onde aconteceu a chacina e ao chegarem perceberam que no local não havia mais ninguém, apenas cinzas, já que os corpos haviam sido removidos pela Polícia.
Conforme ele, seu cunhado e o filho dele (João Pereira e Dagner Lemes) estavam trabalhando no local a cerca de uma semana e quando ficaram sabendo do ocorrido, se preocuparam e correram para o local. “Perguntei para conhecidos da região se sabiam o paradeiro do meu cunhado e do meu sobrinho, mas ninguém soube me informar alguma coisa. No local me informaram que o caseiro da fazenda, o senhor Ariovaldo Bezerra estava no hospital, então fui até lá e conversei com ele. No hospital, o caseiro me informou o que aconteceu, ele disse que os assassinos foram até o local e começaram a disparar quando as vítimas estavam jogando baralho”, diz.
O entrevistado também comentou que lhe foi informado que as vítimas logo após os disparos correram para dentro da residência, contudo, os assassinos continuaram atirando sem piedade. Foi assim que o senhor Ariovaldo é alvejado com um tiro nas costas e fingiu estar morto. O seu cunhado, o sobrinho e a terceira vítima não identificada também foram alvejados com vários tiros. Logo os assassinos começaram atear fogo na casa.
Conforme o entrevistado, João e Dagner ainda com vida começaram a gritar por socorro enquanto estavam sendo queimado, Ariovaldo não podendo fazer nada para ajudá-los já que estava fingindo estar morto ao perceber que os assassinos saíram do local fugiu pelos fundos da residência com direção à mata para se esconder e não ser morto. Horas depois acionou a Polícia.
Ele também ficou sabendo que o primeiro a ser morto foi José Bezerra e que os responsáveis pela chacina já teriam ameaçado às vítimas jurando que iriam voltar para “matar”.
O familiar espera que a Polícia encontre os responsáveis e que a Justiça cuide deles. “Toda a família está abalada, meu cunhado e meu sobrinho não mereciam morrer daquele jeito”, finaliza.
Por: Petter Vargas
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