Apesar de divertida, a brincadeira pode trazer sérios riscos a vida de cidadãos
Uma brincadeira simples que deveria ser saudável e divertida são uma das principais preocupações para moradores de Vilhena. Com a temporada da seca, volta a moda em soltar pipa ou também chamado “papagaio”, em que, várias crianças, adolescentes e até adultos se divertem com a brincadeira.
Mas o perigo está bem próximo, pois para entrar na brincadeira de “torar” a pipa do colega, a rapaziada anda abusando cada vez mais em produtos perigosos, como o famoso “cerol” que é uma mistura de vidro moído e cola que passam na linha para cortar outras pipas. Outros não satisfeitos com o cerol, estão preparando outras maneiras perigosas, como esta da imagem, que mostra um pedaço de estilete amarrado em um pedacinho de pau, em forma de cruz e preso na linha, também com o propósito de “torar” as demais pipa.
Porém, as armadilhas podem até fazer sucesso no céu, mas na terra não. Através das redes sociais, pode-se notar a quantidade de acidentes ocasionados pela linha com cerol, que em muitas das vezes atinge o pescoço da vítima, seja de moto, bicicleta ou até mesmo a pé.
Na tarde desta última terça-feira, 16, uma jovem fez um desabafo na rede social, relatando um episódio onde ela, Elieide Vieira, foi surpreendida por uma linha com cerol que enroscou em seu pescoço.
A mesma relatou que estaria andando de bicicleta com a sua filha, próximo a Escola Ângelo Donadon, quando sentiu uma fisgada em seu pescoço. “Fiquei em choque na hora, não sabia se tirava a linha ou parava, freei a bicicleta e na hora senti uma dor horrível queimando o meu pescoço, a linha estava grossa de tanto cerol. E se fosse alguém de moto com velocidade alta? Teria feito um corte profundo”, desabafou a jovem.
Na semana passada um bombeiro militar, encontrou uma pipa enrolada próximo a um poste de energia, à altura de um motociclista e se surpreendeu com o que encontrou enrolado na linha. Um artefato preocupante, além do ‘cerol’ a linha também possuía uma cruz confeccionada com lâmina de barbear.
Essa brincadeira se torna ainda mais perigosa quando as pipas caem, crianças que sem pensar duas vezes correm atrás, pulam muros e não sabem o perigo que correm ou o risco que podem causar apenas querem aquele brinquedo, de qualquer forma, que não chega a custar R$ 2.
Há alguns dias atrás uma criança foi encontrada em cima de um poste, perto da rede de alta tensão, onde uma jovem ao ver está situação de perigo se desesperou, se deslocou até o garoto e pediu para que descesse e que tivesse mais compaixão pela sua mãe que as vezes não sabe o que seu filho pode estar “aprontando”.
Vale ressaltar que as crianças, muitas vezes, não possuem discernimento sobre o perigo que correm ou o risco que podem causar a outras vidas. O alerta também fica aos pais ou responsáveis para que verifiquem como seus filhos estão brincando na rua.
Texto: Redação
Fotos: Divulgação
