AMEAÇA DE GREVE
O encontro contou com a presença de servidores lotados na saúde, educação e secretaria de obras que há anos o salário dos servidores não recebe os devidos reajustes
Na manhã desta segunda-feira, 31, foi realizada no gabinete do prefeito uma reunião entre o mandatário municipal, representantes e funcionários da educação, da saúde e da Secretaria Municipal de Obras para debater ajustes salariais e condições básicas de trabalho.
De acordo com o prefeito Rover, desde o início de seu mandato já foi pago quase R$ 100 milhões para a previdência, sendo que, segundo ele, este valor estaria em débito desde a última administração.
Durante a reunião, os representantes das áreas citadas estiveram pontuando as questões que necessitam de mudança e reajuste, já que há casos de desvio de função, além de salários que não se adequam ao piso atual.
Para atender aos reajustes salariais dos servidores deverá haver uma atualização salarial de acordo com os índices de inflação, índices esses que já sofreram diversas alterações desde o último reajuste que foi há 5 anos.
De acordo com Rose Prado, componente do Comitê do Hospital Regional, “ainda há funcionários que recebem menos de um salário mínimo, e qualquer funcionário que seja registrado não pode receber menos que esse valor”.
“Nós demos um prazo de 72h para receber uma resposta do prefeito, se ele aprovasse, nós não entraríamos em greve, mas como ele pediu um prazo de 15 dias, nós colocamos em pauta e vamos discutir isso em assembleia. Isso vai depender dos servidores”, revela.
Os servidores reclamam que houve uma arrecadação crescente de tributos nos últimos anos e que apesar disso as contratações não acompanharam esse crescimento, fazendo com que o atendimento ficasse defasado. Um exemplo disso seria o número de técnicos de enfermagem que trabalham no Hospital Regional de Vilhena (HRV), que atualmente atendem com 50 profissionais a menos que o necessário.
Diante das reivindicações, o prefeito afirmou que não há como acolher qualquer pedido no prazo de 72h, requerendo um prazo de 15 dias para apresentar uma proposta ao sindicato, solicitando o apoio do mesmo para que juntos encontrem uma solução para os impasses, sem que seja realizado qualquer tipo de manifestação que possa afetar o atual atendimento.
A comissão presente na reunião apresentará a proposta do prefeito em assembleia, na qual, será decidido pelos servidores se a greve geral será deflagrada ou irão aguardar a reunião com o mandatário.
Texto e fotos: Sabrina Mathias