Não é a primeira vez que a Instituição está em greve, há anos todos esses órgãos veem reivindicando seus direitos. A paralisação deste ano é por tempo indeterminado
Na tarde desta quarta-feira, 26, alunos e professores do Instituto Federal Campus Vilhena – IFRO, com apoio dos grevistas do INSS, Justiça Federal e Unir foram as ruas para protestar.
A manifestação teve início às 17h e todos se reuniram na praça Ângelo Spadari, em frente ao Corpo de Bombeiros e tiveram a colaboração da Secretaria Municipal de Trânsito – SEMTRAN, para poder fazer a paralisação tranquilamente, fechando as ruas por onde passavam.
A greve teve início no dia 17 de agosto e os alunos também passaram a apoiar os servidores da Instituição.
Uniformizados, com cartazes, gritos e pedindo por direitos, os estudantes foram às ruas juntamente com os professores, apoiando a todo momento a manifestação.
Ao começo os estudantes estavam com algumas aulas, pelo motivo de que, alguns servidores não estavam aderindo à greve, mas, após alguns dias os alunos passaram a se recusar entrar em sala de aula e passaram a apoiar os servidores da Instituição.
“Nós cidadãos de bem, estamos em busca dos nossos direitos”, gritavam os alunos e professores pela Avenida principal de Vilhena, Major Amarantes.
“A gente não está aderindo à greve para ficar fazendo faxina em casa, como muitos estão comentando. O que queremos é trabalhar dignamente com um salário justo”, desabafou uma professora da Instituição.
Os servidores do IFRO no ano passado fizeram também uma paralisação, porém, tiveram que repor as aulas aos sábados ou em horário opostos, onde, as aulas continuaram até o final de Janeiro deste ano, prejudicando os estudantes e provavelmente este ano não será diferente.
A categoria está reivindicando um conjunto de pautas, entre elas, os eixos Gerais dos SPF e os eixos Específicos, confira:
Gerais
1 – Data-Base para maio
2 – Isonomia dos Benefícios (Auxílios alimentação, creche, saúde, etc.) entre os servidores dos três poderes
3 – Reajuste linear no índice de 27,03%
4 – Contra o corte de verbas na educação
5 – Retomada dos anuênios (1% ao ano)
Específicos
1 – Carreira única dos trabalhadores da educação Federal com reestruturação das carreiras dos TAE e dos docentes
2 – Democratização das instituições Federais de Ensino
3 – Fim da precarização, por uma expansão com qualidade
4 – 30 horas sem restrição para todos os TAE
5 – Isonomia entre docentes do Ensino superior e da Educação Básica, profissional e tecnológica
6 – Fim do ponto eletrônico para todos os servidores e fim do controle de ponto docente
7 – Defesa do RSC para os técnicos e pelo reconhecimentos dos RSC para os aposentados (Técnicos e docentes)
8 – Pela racionalização dos cargos do PCCTAE
9 – Uniformização das políticas de progressão para todos os docentes da rede Federal de ensino principalmente quanto às diferenciações que ainda existem para os docentes das IFES Militares
Alunos do IFRO estiveram distribuindo panfletos com a Frase “O que queremos? Greve geral entre alunos e professores em prol das melhorias na educação, do cotidiano dos discentes e docentes e no aumento da qualidade de ensino e número de instituições e vagas nessas”.
Veja também a pauta de Reinvindicações dos Estudantes;
1 – Não os cortes das verbas direcionadas à educação
2 – Não ao atrasado dos pagamentos das verbas de cada Campus para custeamento de seus gastos
3 – Reformação do Código Discente no Estado de Rondônia
4 – Autonomia e democratização das instituições
5 – 10% do Produto Interno Bruno – PIB, para a educação
6 – O direito de expressão e manifesto declarado em todos os campus
7 – Alimentação acessível ao discente, ao docentes e aos técnicos administrativos assim como o transporte público
8 – Liberdade de ensino de política e direito nas escolas
9 – Revisão das sanções assim como dos tipos de atos penais aplicados ao discente
10 – Aumento da verba direcionada a pesquisa e extensão
11 – Paralização das aulas de forma de período em greve geral
Texto e fotos: Nataly Labajos