Na última sexta-feira, 19, a Câmara de Vereadores de Vilhena sediou uma audiência publica para discutir a segurança pública no município. Realizada pela Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE), a audiência foi requisitada pelo deputado Luizinho Goebel (PP). A exemplo do debate realizado no dia 12 por iniciativa da Associação Comercial e Empresarial de Vilhena (Aciv), a audiência pública começou com o público expondo suas preocupações, medos e anseios no tocante à crescente violência que tem causado prejuízos financeiros e psicológicos à população. Na oportunidade o presidente da ACIV, Josemário Secco, entregou ao presidente da ALE, Maurão de Carvalho (PP), uma carta expondo o ponto de vista da entidade em relação à segurança pública local.
Através do documento a ACIV diz que “a pujança de um município, o orgulho de um povo cumpridor de suas obrigações para com o Estado está sendo dilacerada. Pouco a pouco a ineficiência, inércia e incapacidade de gestão do Estado ficam cada vez mais evidentes. A população encontra-se refém de várias situações de insegurança: roubos, assaltos, sequestros relâmpagos, assassinatos são fatos corriqueiros no estado do Rondônia em especial no dia-a-dia dos vilhenenses. A população está absolutamente desprotegida e não consegue enxergar qualquer perspectiva de proteção por parte dos organismos de segurança pública, seja por falta de contingente ou de recursos técnicos e tecnológicos de nossas polícias.”
A mesma carta também foi entregue ao subchefe da Casa Civil, Ezequiel Neiva, que representou o governo do estado na audiência pública. O documento também cobrou uma postura mais proativa do governo em relação ao problema. “Vilhena está no topo de um ranking de violência do Estado, nada poderia ser mais vergonhoso e principalmente assustador. O empresariado que mantem suas portas abertas ao longo do dia, fica a mercê dessa violência exacerbada e torna-se refém de bandidos, temendo dia e noite por sua vida e de seus colaboradores que não estão seguros no seu ambiente de trabalho, nas ruas ou no interior de seus lares. O fato é que nem grades, cercas elétricas ou toques de recolher serão suficientes para deter a violência quando falta o essencial: a presença da força polícia nas ruas. Ou seja, precisamos da contratação urgente de mais policiais.”
Ainda na audiência pública, o subchefe da casa cível deu uma informação que veio ao encontro da principal cobrança da ACIV e da população vilhenense. “A boa notícia que tenho para trazer é que vamos contratar 480 novos policiais militares, ao invés dos 240 iniciais. Também haverá a contratação de 144 policiais civis”, anunciou Ezequiel.
O anúncio da contratação de novos policiais foi bem vindo e serviu para dar um pouco mais de esperança aos vilhenenses. Aliado às medidas anunciadas na audiência pública, uma operação em conjunto das polícias militar, civil, federal e rodoviária federal também reforçou o ânimo da população local. A Operação Cerco Integrado nasceu diante da necessidade de resposta aos últimos acontecimentos em Vilhena e foi idealizada após a reunião realizada pela ACIV entre autoridades e empresários vilhenenses, ocorrida no dia 12. Desde a última quarta-feira, 17, várias blitzes estão sendo realizadas esporadicamente e em distintos pontos da cidade, com o intuito de prender foragidos da justiça e reduzir a criminalidade.
Texto: Assessoria