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ACIV se reúne com grevistas da Suframa


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Representantes da ACIV (Associação Comercial e Empresarial de Vilhena) se reuniram na quinta-feira, 25/6, com servidores da Suframa em greve. Na reunião realizada a pedido da Suframa, a ACIV se colocou à disposição dos servidores para ajudar nas reivindicações da categoria e também para sensibilizar os grevistas a respeito de algumas situações desencadeadas pelo movimento grevista.

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No dia anterior, a ACIV já havia protocolizado ofício a respeito da paralisação, solicitando que fossem priorizados alguns atendimentos, para minimizar prejuízos e acabar com o risco de desabastecimento.  No mesmo dia, o agente administrativo da Suframa, José Maria de Carvalho ligou para o presidente da ACIV, Josemário Secco, solicitando uma reunião para responder ao pedido de esclarecimento da entidade.

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Na reunião que contou com a presença do diretor da ACIV Celito Bagatini, e  do supervisor, Claudino Peretto Junior, os servidores da Suframa relataram os principais pontos que estão sendo tomados pelo movimento grevista.  De acordo com José Maria, o movimento grevista permanece com um percentual de 30% de atendimento. “Além deste percentual, também estão sendo atendidos os casos excepcionais como idosos, motoristas com problemas de saúde, materiais perecíveis, medicamentos e equipamentos hospitalares, o que na verdade até passa dos 50% de nosso movimento diário”, explica José Maria.

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Segundo a CIEAM (Centro da Indústria da Amazônia) o prejuízo diário com a paralisação é algo em torno de 350 milhões de reais, só no Estado do Amazonas. Para o presidente da ACIV, o advogado Josemário Secco, a entidade entende como justas as reivindicações dos servidores da Suframa por isso tem se colocado a disposição dos funcionários para ajudar no que for possível. “Porém, temos que estar atentos as necessidades da população como um todo, e neste caso específico as do empresariado e dos motoristas que têm sofrido muito com o movimento grevista, que devemos ressaltar tem se esforçado para minimizar o impacto da paralisação”, disse Josemário.

Entendendo a greve

A Suframa atua em 25% de Território Nacional, na região conhecida como Amazônia Ocidental que abrange os estados do Amazonas, Rondônia, Acre, Roraima e Amapá. O governo federal contingenciou no ano passado algo em torno de 424 milhões de reais os quais deveriam ser investidos em desenvolvimento na região da Amazônia Ocidental. “Praticamente toda a arrecadação da Suframa é levada para Brasília. Em 13 anos o governo federal abocanhou mais de 2 bilhões da autarquia para fazer superavit primário. Antes disso a arrecadação era investida em infraestrutura. O desenvolvimento da Amazônia está intrinsecamente vinculado ao sucesso da Suframa”, explica José Maria.

Segundo o agente administrativo da Suframa, a superintendência tem 531 servidores ativos, destes, mais de 100 já tem tempo de contribuição e idade para se aposentarem mas não o fazem porque perderiam cerca de 50% de sua capacidade financeira. Sendo que mais de 40% dos servidores aprovados nos dois últimos concursos já saíram da autarquia em busca de remuneração melhor. Em algumas carreiras da Suframa, nos últimos concursos, nem todas as as vagas foram suprimas devido ao baixo salário ofertado. “Não estamos pedindo reajuste de salário, pretendemos apenas uma reestruturação de nossa carreira e equiparação com outros servidores federais que realizam funções idênticas, similares ou correlatas. Estamos na 190º posição do ranking do governo federal, sendo um dos piores vencimentos na esfera federal”, disse.

O Congresso Federal aprovou por unanimidade uma emenda do deputado federal Palderney Avelino (Amazonas), a Medida Provisória 660/2014, que previa a equiparação dos servidores da Suframa. Contudo a presidente da República vetou o artigo. Houve uma greve em 2014 que durou 47 dias, o governo federal abriu uma mesa de negociação com prazo de 210 dias e ao final disseram que nada poderia ser feito. “Com o veto da Presidente Dilma, não houve outra alternativa a não ser deflagrar uma nova greve, e esta por tempo indeterminado”, assegurou José Maria.

 

Assessoria

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