O Ministério Público do Estado de Rondônia, em conjunto com a Polícia Civil, deflagrou na manhã desta terça-feira, dia 12 de maio, a Operação Ardina, destinada a desmantelar esquema de empresas fantasmas, utilizadas pelos donos do jornal Estadão do Norte para fraudar contratos com órgãos públicos.
Cerca de 40 policiais civis cumprem em Porto Velho e Brasília mandados de prisão e busca e apreensão determinados pelo Poder Judiciário do Estado de Rondônia.
A investigação realizada pelo MP-RO, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), revelou a existência de indícios da prática de crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude a licitações e associação criminosa (antigo crime de quadrilha), perpetrados pelos gestores do Estadão do Norte e pessoas a eles ligadas.
A associação criminosa criava empresas fantasmas em nome de laranjas a fim de obter contratos com entes públicos estaduais e municipais. Isso era feito para contornar o impedimento do “Estadão do Norte” celebrar contratos com esses órgãos, fruto do passivo judicial e tributário da empresa e de seus donos, inclusive ações penais.
O nome da operação remete a termo utilizado em Portugal para designar meninos que vendiam jornais pelas ruas, apregoando as manchetes, lembrando a utilização por membros da quadrilha de laranjas e empresas fantasmas a fim de obter contratos para venda de jornais.
Até o momento uma parte dos diretores do jornal “O Estadão do Norte”, que são apontados pela Justiça de Rondônia como integrantes de uma quadrilha, que agia dentro da própria empresa e fraudava contratos foram presos.
Os presos são Omar Cunha, (Administrativo), Mário NetoCalixto (Diretor geral) e uma mulher até o momento identificada apenas como Marina. Os suspeitos foram presos, cada um em sua residência, em cumprimento de mandados de prisões. O trio foi conduzido para o Ministério Público, onde estão prestando esclarecimento a promotoria. Segundo a polícia, os presos serão encaminhados para o presidio de médio porte “Pandinha”.
Na sede do jornal os agentes do GAECO e policiais civis, sob o comando do delegado Swami Otto apreenderam vasta quantidade de documentos em diferentes salas, que vai levar quase todo o dia para serem recolhidos.
Fonte: Rondoniaovivo