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Estados Unidos testam programa que é sucesso em Rondônia há três anos


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O governo norte-americano iniciou, recentemente, a implantação de um programa que tem como meta o atendimento de pacientes em casa. O que parece ser uma grande novidade mundial, já é realidade há pelo menos três anos em Rondônia.

Uma reportagem publicada pelo jornal The New York Time, com sede em Nova York, mostra a iniciativa e a classifica como altamente moderna chegando até ser tratada como revolução no sistema de atendimento público.

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A reportagem relata a rotina de um médico, Cameron Hernandez, que integra a equipe móvel de cuidados médicos do Hospital Monte Sinai. Ele conversa com a paciente Naomi Replansky, durante visita médica a sua residência em Nova York, nos EUA.

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Com a pressão para reduzir custos de internação e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade do serviço, uma série de sistemas hospitalares decidiram adotar uma nova abordagem: oferecer tratamento com o mesmo nível de um hospital, mas em casa.

Há milhares de quilômetros de distância do solo norte-americano, um programa muito melhor já atende, regularmente, mais de 160 pacientes, em casa. Eles passaram por procedimentos de média e alta complexidade, e se recuperam ao lado da família.

Trata-se do Serviço de Assistência Multidisciplinar Domiciliar (SAMD). Há três anos o Governo de Rondônia implantou programa, que nascia com a proposta de humanizar o atendimento aos usuários do sistema público e desafogar as unidades de saúde da Capital. Hoje, mais de 160 pacientes são atendidos, em casa, por equipes técnicas formadas por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e assistentes sociais.

O programa cobre toda a cidade de Porto Velho. Em levantamento recente, foi comprovado que os profissionais percorrem quase 500 quilômetros por dia, para atender toda a demanda das unidades hospitalares da rede que forma a alta complexidade da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), via Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o secretário estadual de Saúde Williames Pimentel, o foco principal da atuação do programa é melhorar e ampliar a assistência na casa dos pacientes e perto da família. O atendimento é feito por equipes multidisciplinares. Estima-se que este tipo de serviço reduz em até 70% os riscos de contaminação e infecção, além dos custos com internação.

O programa está ligado ao atendimento prestado pelo Pronto-Socorro João Paulo II, através do centro de Assistência Médica Intensiva (AMI 24h), que faz uma espécie de gerência do Serviço de Assistência Multidisciplinar Domiciliar (SAMD).

NOS ESTADOS UNIDOS

De volta aos Estados Unidos, a reportagem do The New York Times conta a história de um personagem imigrante, estabelecido em solo americano. E relata: quando Martin Fernandez chegou à emergência do Hospital Mount Sinai recentemente, com febre alta e uma terrível dor abdominal, fizeram a ele e a sua família uma pergunta inesperada.

Fernandez, de 82 anos, teria que ser admitido oficialmente no hospital para receber antibióticos por via intravenosa para sua infecção do trato urinário, mas poderia ficar no Mount Sinai ou receber cuidados em casa.

Se escolhesse ser internado em casa, os médicos e enfermeiras iriam visitá-lo todos os dias. Ele receberia medicações intravenosas e faria exames de laboratório, raios-X e mesmo ultrassonografia em casa, se fosse preciso. Os custos não seriam maiores do que se estivesse no hospital. Em três ou quatro dias, receberia alta e não teria que ir a lugar nenhum.

Para Fernandez, um pintor de paredes aposentado da Venezuela que vive com sua mulher no Upper West Side de Manhattan, a escolha foi fácil. Ele se internou no apartamento de sua filha, a apenas alguns quarteirões de distância, poucas horas depois.

NO BRASIL

Em Rondônia, o programa é um sucesso e vem ajudando a desafogar as unidades hospitalares do Estado. Casos muitos mais graves do que o de Martin Fernandez, são tratados com eficiência. São doenças graves como AVC, infartos, acidentes com traumas graves, entre outras especialidades incorporadas pela equipe multidisciplinar do SAMD.

Há dois anos no serviço, a gerente de enfermagem e integrante da equipe de referência Flora Lemos de Farias, lembra do início do atendimento e da emoção ao chegar à casa de cada paciente selecionado. Cada família tem uma história e temos que viver junto delas. A maioria é de amor ao próximo, afirma.

 

Texto: Zacarias Pena Verde

Fotos: Ésio Mendes

Decom Governo de Rondônia

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