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Preço do Petróleo ajuda na recuperação da Petrobras


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Os últimos 6 meses foram provavelmente os mais escuros da história da Petrobras, empresa que como nenhuma outra representa o país fora do Brasil e motivo de orgulho devido às suas tecnologias de ponta. Mesmo que o escândalo não tenha chegado ao seu fim jurídico – o que pode levar meses e anos ainda – tudo indica que está na hora de olhar para frente e não para trás. Após apresentar o balanço para 2014, os investidores e a sociedade aparentam terem se acalmado. A estimativa de perda de R$6 bilhões devido à corrupção é absolutamente sem precedentes e provavelmente apenas um chute da diretoria com a intenção de pôr um fim às especulações.

A iniciativa surtiu efeito  até antes da hora. Os investidores institucionais nos mercados financeiros já estavam prevendo que esta situação chegasse a um ponto final. Após 5 meses de jogar a cotação da Petrobras continuamente para baixo, a níveis inferiores de R$ 9 no caso das ações ordinárias, abril 2015  marcou o ponto de virada desta tendência. Afinal não era lógico que a corrupção destrua dois terços do valor da maior empresa brasileira em uma questão de meses. Em tempos de crise, os mercados não apenas antecedem os acontecimentos efetivos mas tendem a aumentar e exagerar seus efeitos. Este fato não apenas parte da incerteza sobre a gravidade da crise, mas do próprio interesse dos fatores financeiros de criar flutuações no mercado.

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Não surpreende que a cotação da Petrobras já tenha ultrapassado o valor de R$13 semana. Porém, existe outro fator que em meio a toda polêmica pública, investigações e acusações políticas passou despercebido. Os problemas administrativos da Petrobras coincidiram temporalmente com a queda mais brusca do preço do petróleo dos últimos anos. Comparando a trajetória dele com a cotação da petrolífera brasileira percebe-se paralelas muito evidentes. Veja aqui o petróleo em dolarhoje.com.br.

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A queda do valor é atribuída principalmente ao fraco desempenho da economia mundial e à insistência da Arábia Saudita em não desacelerar a produção petrolífera. Os mais afetados desta decisão foram os países com reservas de mais difícil acesso como a Venezuela ou o Brasil que não possuem custos baixos e margens altas como os produtores do Oriente Médio. A Petrobras teve de suspender a conclusão de duas refinarias ainda planejadas no Nordeste porque as previsões simplesmente não permitiram mais a sustentabilidade do negócio.

A retomada do preço do petróleo é resultado das melhorias econômicas previstas mundialmente que também exigirão mais desta matéria prima. Com este desenvolvimento positivo, as chances de recuperação da Petrobras simultaneamente. Cabe à nova gestão de justificar e validar a confiança aposta nela. Não é a hora de fazer grandes investimentos de caráter simbólico para a sociedade neste momento. É a hora de consolidar o negócio da empresa e prepará-la para o futuro com estruturas eficientes e uma governância sustentável.

As falhas estruturais na Petrobras estão longe de terem sido deixadas para trás, mas a orientação está direcionada para frente. Com o cenário externo melhorando, a esperança de que a economia brasileiras volte a crescer nos próximos dois anos e uma nova administração, há todo potencial para uma recuperação rápida. Os mercados financeiros já estão antecipando este desenvolvimento com aposta nas ações da Petrobras e esperando que os próximos 6 meses sejam bem menos nebulosos do que os últimos.

 

 

Autor:

Anfrízio Santana – inscrito MTB-SP: 59.957

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