Seis dos nove estados da Amazônia Legal apresentaram taxas de estupro e estupro de vulnerável contra mulheres muito acima da média nacional de 68,7 casos por 100 mil. São eles: Roraima (240,3), Acre (196,0), Amapá (178,2), Rondônia (172,0), Tocantins (119,2) e Pará (111,6).
Os dados são da 4ª edição do Cartografias da Violência na Amazônia divulgado nesta quarta-feira (19.11.2025) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Segundo o documento, em Roraima, a taxa total de estupro é 249,8% superior à do Brasil; no Acre, a diferença chega a 185,3%, evidenciando padrões extremos de violência sexual nesses territórios.
O dado que mais destoa, no entanto, é o do Mato Grosso, cuja taxa foi de 25,4 por 100 mil e que apresentou número menor de registros de estupro de vulnerável do que de estupros, o que é incompatível com o cenário nacional. Os dados revelam mais um problema de registro e notificação do que uma incidência baixa do fenômeno no estado. Eis a íntegra do estudo.
O Estado de Rondônia manteve em 2024 a mesma taxa de 2023 de mortes violentas intencionais para cada 100 mil habitantes: 26,1.
O estado do Pará apresentou uma taxa de 29,5 mortes violentas para cada 100 mil habitantes em 2024, queda de 7,3% em relação a 2023. Por fim, Amazonas e Rondônia tiveram taxas de 27,4 e 26,1 assassinatos por 100 mil habitantes no último ano, respectivamente. No total, seis dos nove estados que compõem a Amazônia Legal registraram taxas de violência letal acima da média nacional em 2024. As exceções são Acre (20,3), Tocantins (19,8) e Roraima (18,6).
Sobre a 4ª edição
Segundo apurou o site, a 4ª edição do Cartografias da Violência na Amazônia mostra que, no último ano, a violência letal apresentou reduções significativas em vários estados, resultado de políticas de prevenção e de estratégias mais qualificadas de enfrentamento ao crime organizado — como detalhado no relatório Experiências Promissoras1, que documenta oito iniciativas capazes de reduzir riscos e ampliar a segurança da população amazônida.
“Apesar desses avanços os índices seguem muito acima da média nacional: a taxa de mortes violentas intencionais alcançou 27,3 por 100 mil habitantes em 2024, número 31% superior ao do país. Já a violência sexual contra meninas e mulheres, que cresceu 4,3% no último ano, apresenta uma incidência 36,8% maior na Amazônia do que no restante do Brasil”, diz o documento.
Fonte: Redação Valor&MercadoRO
Com informações do relatório da 4ª edição do Cartografias da Violência na Amazônia
