Um grupo do Rio Grande do Sul foi alvo da Operação Falso Contato, que investiga a criação de imagens de nudez falsas e aplicação de golpes online em municípios de Mato Grosso, nesta terça-feira (18).
Segundo a Polícia Civil, os investigados entravam em contato com as vítimas por meio de redes sociais, usando um perfil falso de uma suposta adolescente, com o pretexto de buscar orientações profissionais.
Após conseguir uma foto do rosto da vítima, o grupo produzia montagens de vídeos ou fotos íntimas falsas. Em seguida, um segundo suspeito fazia contato se passando por um policial civil ou pelo pai da suposta adolescente, alegando falsamente que a vítima teria trocado imagens íntimas com uma menor de idade. Com isso, criavam uma ameaça de prisão por pedofilia ou exposição pública.
As investigações apontaram que a extorsão ocorria mediante exigência de pagamentos que chegavam a R$ 100 mil, sob o pretexto de “acordos” ou “multas” para impedir o andamento de uma suposta investigação.
Ainda conforme a polícia, para pressionar as vítimas, os suspeitos faziam ameaças e afirmavam ser membros de facções criminosas.
Na ação desta terça-feira, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão domiciliar, além de ordens de afastamento do sigilo telefônico dos investigados, em Porto Alegre e outras cinco cidades da região metropolitana.
O objetivo da operação era apreender dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets e notebooks, usados para a produção, armazenamento e compartilhamento dos arquivos.
Segundo o delegado Guilherme Campomar da Rocha, responsável pelo caso, as investigações identificaram um elo entre os 16 suspeitos, sendo reeducandos ou ex-reeducandos da Penitenciária Estadual de Charqueadas (RS), além de familiares ou visitantes.
G1MT