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Ibama diz que vaqueiro foi alvo de emboscada na TI Apyterewa


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São Félix do Xingu (PA), 16/12/2025 -  A ação de desintrusão no território indígena Apyterewa, é realizada de forma integrada, com participação do Ministério dos Povos Indígenas, Funai, Abin, Ibama, Força Nacional, polícias Civil e Militar do Pará e da Agência de Defesa Agropecuária do estado.
Foto: Gilvan Alves/TV Brasil
© Gilvan Alves/TV Brasil

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou, nesta terça-feira (16), que o assassinato do vaqueiro que estava a serviço do instituto durante uma operação de desintrusão na Terra Indígena Apyterewa foi uma emboscada.

vaqueiro foi alvejado no pescoço nesta segunda-feira (16), no município de São Félix do Xingu (PA), quando auxiliava o Ibama no deslocamento de cerca de 350 cabeças de gado para fora de uma área invadida.

A operação de desintrusão seguia o cumprimento de decisão judicial do Supremo Tribunal Federal, no âmbito da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF nº 709).

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Essa ação foi ajuizada em 2020 pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), durante a pandemia de Covid 19, justificada pela situação de vulnerabilidade dos indígenas da região invadida ilegalmente por pecuaristas e garimpeiros.

Desde então, o poder público tem atuado para retirar os invasores.

Emboscada

A emboscada contra o vaqueiro ocorreu em uma dessas ações de desintrusão determinada pelo STF. Entre os órgãos que participam dessas ações estão o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) – além de Ibama, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Força Nacional e as polícias Civil e Militar.

Segundo a Funai, a situação é preocupante, mas os servidores estão em segurança em uma das bases de apoio da fundação. As suspeitas são de que a emboscada tenha sido feita por “antigos moradores da TI, que ainda invadem o local para criação ilegal de gado”, informou a fundação, sem citar nominalmente quem seriam essas pessoas.

Caminhos da Reportagem

Uma equipe do programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, esteve recentemente na terra indígena preparando material a ser utilizado em um programa especial sobre a desintrusão da região.

Segundo a repórter Ana Passos, o vaqueiro foi baleado no pescoço por volta das 14h. Ela conta que mais de 2 mil pessoas envolvidas com criação de gado e cultivo de cacau já haviam sido retiradas do território.

“Apesar de os produtores rurais já terem sido retirados da área, há um gado remanescente. O Ibama detectou mais de 40 pontos onde ainda há bovinos. Alguns invasores continuam tentando entrar lá pra manejar esse gado. Eles vem fazendo atentados contra os indígenas e contra os agentes do estado. Um funcionário da Funai chegou a ser baleado no ano passado”, detalhou a repórter.

Segundo ela, esses invasores costumam queimar pontes e deixar estruturas pontiagudas nas estradas pra furar pneu dos carros oficiais.

“É uma ação complexa porque esse gado está em áreas da mata por onde não é possível chegar de carro. Às vezes, nem de quadriciclo”, detalhou.

Apuração

Em nota, o Ibama informou que medidas cabíveis para a apuração do crime já foram adotadas “com o objetivo de identificar os responsáveis e promover sua devida responsabilização, nos termos da lei”.

“O Ibama lamenta profundamente o ocorrido, manifesta solidariedade aos familiares e amigos da vítima e informa que está prestando o apoio necessário à família neste momento de dor”, complementou a nota.

Agencia brasil

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