O ex-governador Ivo Cassol voltou a ser alvo de fortes críticas, desta vez feitas pelo senador Jaime Bagattoli (PL-RO), após ser chamado de “falso moralista” em entrevista concedida por Cassol em Vilhena (RO). A fala do ex-governador foi considerada uma tentativa de desmoralizar o parlamentar por causa de seu voto contrário ao PLP 192/2023, projeto que altera o prazo de inelegibilidade previsto na Lei da Ficha Limpa.
Bagattoli reagiu de forma dura, classificando a postura de Cassol como covarde. Segundo o senador, seu voto foi um ato de responsabilidade com Rondônia e com o Brasil, sem qualquer interesse pessoal ou barganha política. “Não tenho rabo preso com ninguém e não devo nada a ninguém. Devo satisfação apenas ao povo rondoniense que me elegeu senador”, declarou.
Rebate às insinuações de Cassol
O senador afirmou que Cassol mentiu ao insinuar que teria apoiado sua eleição ao Senado. De acordo com Bagattoli, sua vitória foi resultado do trabalho de aliados locais e da confiança direta dos eleitores. Ele acusou o ex-governador de tentar distorcer os fatos e lembrou que, em Rolim de Moura, Cassol chegou a dizer que Bagattoli não teria votos para se eleger.
“Você foi muito infeliz nas suas palavras. Você é um covarde. É mentira o que você falou”, disparou o parlamentar, acrescentando que jamais prometeu voto ou apoio político a Cassol.
Defesa de princípios e crítica à corrupção
Bagattoli destacou que votou contra o PLP 192/2023 porque não iria compactuar com mudanças que poderiam beneficiar políticos condenados por corrupção. Segundo ele, sua decisão foi pautada na ética e no compromisso com o eleitorado.
Ele ainda ironizou a tentativa de Cassol de se colocar como responsável pela construção de Rondônia, lembrando que o estado foi erguido com o esforço de pioneiros e trabalhadores que enfrentaram sacrifícios, e não por méritos de um único governante.
Compromisso reafirmado com Rondônia
O senador também frisou que já destinou milhões em emendas parlamentares para os 52 municípios de Rondônia, em áreas como saúde, educação, segurança e infraestrutura. “Isso não é mérito meu, é direito do povo rondoniense”, declarou.
Bagattoli encerrou sua fala pedindo que os eleitores analisem com cuidado a trajetória dos candidatos nas eleições de 2026, especialmente aqueles com histórico de processos por corrupção, reforçando que Rondônia não pode ser refém de políticos que tentam manipular narrativas ou impor hegemonia pessoal.
Folha de Vilhena
