Sábado, 27 de dezembro de 2025 - [email protected]







Sábado, 27 de dezembro de 2025 - [email protected]

PF deflagra operação de combate ao contrabando de migrantes e lavagem de dinheiro


- Advertisement -


A Polícia Federal, em ação conjunta com a Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, deflagrou na manhã desta segunda-feira (13/2), a Operação YANKEE, visando a combater os crimes de organização criminosa, contrabando de migrantes e lavagem de dinheiro.

A investigação foi iniciada em junho de 2021, a partir de informações encaminhada pelo Oficialato de Ligação da Polícia Federal em El Paso/Texas-EUA, noticiando a identificação de brasileiros vinculados ao Estado de Rondônia e envolvidos em esquema ilícito de contrabando de pessoas com destino aos Estados Unidos, por intermédio de organização criminosa sediada neste estado.

A partir do recebimento das informações, a Polícia Federal passou a monitorar os alvos e uma empresa aérea pertencente ao grupo, responsável por toda a logística de emissão de passaporte, compra de passagens e auxílio nos voos dos migrantes com destino ao México, de onde atravessam a pé para os Estados Unidos.

- Advertisement -

Ao longo dos meses de investigação, foi possível identificar centenas de pessoas, a maioria residentes em Rondônia, que conseguiram ingressar em território americano com o apoio dos denominados “coiotes”.

Além da atuação em Rondônia, a organização criminosa contava com membros em outras unidades da federação e, inclusive, em território americano, responsáveis por receber aqueles que conseguiam cruzar as fronteiras de forma ilegal.

- Advertisement -

Por outro lado, mesmo com o pagamento dos valores cobrados, muitos desses migrantes não conseguiram cruzar a fronteira do México com os Estados Unidos, sendo detidos e deportados para o Brasil.

- Advertisement -


Cabe relembrar que, em setembro de 2021, uma brasileira de 49 anos, residente de Rondônia, morreu durante a travessia após ter sido abandonada pelos “coiotes”. Em dezembro do mesmo ano, outro caso chocou as autoridades brasileiras. Uma brasileira foi resgatada após ter sido deixada à beira da morte por um grupo de coiotes, que a atacaram, roubaram e violentaram.

Com autorização judicial, a Polícia Federal obteve, através do afastamento dos sigilos dos investigados, elementos que comprovam a atuação da organização criminosa e os ganhos financeiros obtidos com a promoção ilegal da migração, visto que cobravam elevados valores pelo auxílio na viagem, com a transferência de veículos e imóveis para os investigados e até mesmo com a emissão de notas promissórias.

Foi possível, assim, identificar os integrantes da organização criminosa, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, que utilizavam uma empresa de viagens e turismo em Buritis/RO para operacionalizar o esquema e lavar o dinheiro recebido ilicitamente.

A Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília compartilhou informações e colaborou com a Polícia Federal do Brasil ao longo da Operação Yankee, como parte da cooperação policial de longa data entre autoridades norte-americanas e brasileiras.

A Polícia Federal analisou as contas bancárias da organização, verificando uma movimentação superior a R$ 16.5 milhões entre 2017 e 2021, dinheiro decorrente dos pagamentos dos migrantes pela atuação do grupo criminoso.

Para a continuidade das investigações, a 3ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Rondônia deferiu a expedição de dez mandados de busca e apreensão, a serem cumpridos nos Estados de Rondônia, Amazonas, Tocantins e Goiás, além da prisão da prisão preventiva de cinco investigados e a prisão domiciliar de uma pessoa.

A Justiça autorizou a inclusão dos mandados de prisão na Difusão Vermelha da Interpol visando ao cumprimento também nos Estados Unidos, além do bloqueio de mais de R$ 8 milhões.

Foram apreendidos dispositivos eletrônicos, documentos, bens de valor e armas de fogo, que serão periciados pela Polícia Federal, podendo ainda revelar outros crimes praticados pelo grupo criminoso.

A prisão de um dos líderes da organização foi acompanhada por agentes da Homeland Security Investigations – HSI, contando com o apoio de transporte aéreo do Grupo de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia para o cumprimento do mandado em local de difícil acesso, e de apoio logístico das Polícias Civis de Rondônia e do Amazonas.

Até o momento, foram identificadas 444 vítimas de contrabando de pessoas no período compreendido entre 2019 e 2022, podendo esse número subir de forma significativa com a análise dos materiais apreendidos.

Os suspeitos ficarão à disposição da Justiça Federal e responderão pelos crimes de organização criminosa, contrabando de migrantes e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 23 anos de reclusão.

 

Assessoria

- Advertisement -





Noticias


Pular para a barra de ferramentas