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Filhos deixaram corpo de pai em casa por até 2 anos para receber INSS


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O caso do idoso mantido dentro de casa em estado de decomposição pelo casal de filhos, ganhou repercussão nacional. Agora, mais um capítulo do crime macabro aponta para o tempo em que o corpo foi mantido dentro da residência para que os autores mantivessem o recebimento de benefícios dos INSS. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Dário Antônio Raffaele D’Ottavio, 88 anos, morreu em um período entre seis meses e dois anos.

Ele foi encontrado em estado avançado de decomposição na Ilha do Governador, na zona norte. “Trata-se de cadáver do sexo masculino, em decomposição avançada, com intervalo perimortem que pode variar entre seis meses e dois anos”, analisa o laudo.

De acordo com documento, o corpo não apresenta sinais que indiquem uma morte violenta, mas também não foi possível determinar a causa do falecimento “pelo estado de decomposição”.
As conclusões foram compatíveis com os depoimentos dados por testemunhas na 37ª DP (Ilha do Governador), as quais afirmaram que não viam o idoso há cerca de dois anos, comprovando a hipótese de que o corpo permaneceu no imóvel por longo período.

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Marcelo Marchese D’Ottavio e Tânia Conceição Marchese D’Ottavio, filhos do idoso, foram presos. Ambos passaram por audiência de custódia no dia 24 de maio e a Justiça decidiu manter a prisão.

De acordo com o delegado Felipe Santoro, da 37ªDP (Ilha do Governador), os benefícios seguiam ativos e a polícia apura se eles eram sacados por Tania Conceição Marchese D’Ottavio e Marcelo Marchese D’Ottavio, que estão presos. Eles ainda não constituíram defesa.

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A investigação

A morte do italiano Dario Antonio Raffaele D’Ottavio, 88 anos, só foi descoberta após denúncias de vizinhos, que estranharam o desaparecimento do idoso. De acordo com as investigações, os filhos não queriam perder os dois benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que Dário recebia.

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Os dois irmãos presos em 21 de maio mantiveram o corpo do pai por pelo menos seis meses dentro de casa, segundo investigação da polícia. Durante diligências, os agentes encontraram o esqueleto do homem no quarto da casa onde ele vivia com os filhos, no bairro Cocotá, na zona norte da cidade.

Os valores que o idoso recebia totalizavam, aproximadamente, R$ 5 mil, sendo cerca de R$ 3.5 mil referentes à aposentadoria, e o restante, equivalente a um salário mínimo, à pensão por morte. Esses valores eram acumulados, uma vez que a pensão começou a ser recebida em 2014, portanto, antes da reforma da Previdência de 2019, que passou a restringir o acúmulo integral de benefícios.

 

Metrópoles

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